Comemorado desde o início do século XX no dia 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher não é apenas uma data de homenagens às mulheres de forma superficial ou simplesmente para fomentar o comércio, mas uma celebração com raízes históricas profundas.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é uma data para, além das flores, relembrar sua origem de luta das mulheres trabalhadoras e reivindicar igualdade de gênero. Continue lendo e confira mais sobre como surgiu essa data tão relevante e o motivo de reconhecermos a importância dela na luta das mulheres mesmo nos dias atuais!
A grande passeata das mulheres que ocorreu em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York, é reconhecida como um dos primeiros eventos na linha do tempo do Dia Internacional da Mulher. Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam pelas ruas da cidade em busca de melhores condições de trabalho, algo que na época significava redução nas exaustivas jornadas de até 16h por dia, praticamente sete dias na semana.
No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.
Contudo, ainda no contexto norte-americano um incêndio ocorrido na fábrica de tecidos Triangle Shirtwaist, no ano de 1911, também chegou a ser cogitado, inclusive pelos brasileiros, como estopim para a criação da data. Mas, apesar do fato ser verdadeiro e de muitas mulheres terem morrido nesse episódio, a tragédia ocorreu em 25 de março e não no dia 8, injustificando seu impacto no reconhecimento da celebração.
Além disso, diversos outros movimentos anteriores já sinalizavam a luta das mulheres em relação a melhores condições de trabalho e igualdade de direitos.
Enquanto isso, também crescia na Europa uma movimentação das trabalhadoras que culminou na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas e criação de uma jornada de manifestações em agosto de 1910. A alemã Clara Zetkin propôs, durante a conferência, que houvesse um momento do movimento sindical e socialista dedicado à questão das mulheres, que enfrentavam nas fábricas problemas muito maiores que os dos homens na época.
Do evento, foi proposta a resolução para a criação de uma data para a celebração anual dos direitos das mulheres, que foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo principal, além de homenagear as lutas femininas, era conseguir conquistas reais: obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.
Em 1917 na Rússia, houve um marco ainda mais forte para concretizar o que viria a ser o 8 de Março. Na ocasião, um grupo de operárias saíram corajosamente às ruas de Petrogrado. As mulheres se dividiam entre trabalhadoras das fábricas e esposas de soldados, possuíam reivindicações como “Pão para nossos filhos” e “Retorno de nossos maridos das trincheiras”.
Essas manifestações contra a fome e a Primeira Guerra Mundial se tornaram um importante movimento que seria o pontapé inicial da Revolução Russa. O protesto, que aconteceu oficialmente em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo, “tornou-se” o nosso conhecido 8 de março na mudança para o calendário gregoriano. Logo após a Revolução Bolchevique, a data foi oficializada entre os soviéticos como a “celebração da mulher heróica e trabalhadora”.
O primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres só foi assinado em 1945 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A partir disso, ao longo dos anos 60 o movimento feminista ganha força, mas o chamado Dia Internacional da Mulher, após todo esse histórico ao redor do mundo foi oficializado apenas em 1975 pela ONU. O órgão o intitulou de “Ano Internacional da Mulher”, relembrando as conquistas políticas e sociais de todas as mulheres.
Um dos maiores desafios e também deve ser nosso objetivo do Dia Internacional da Mulher é ultrapassar a esfera publicitária, deixar um pouco de lado as flores e presentinhos e ver a data como momento de mobilização para a conquista de direitos, para discutir e combater as discriminações e violências sofridas pelas mulheres (até hoje), e impedindo retrocessos já conquistados.
Apesar de já estarmos em 2022, mulheres ainda ganham salários muito menores que os dos homens, mesmo ocupando os mesmos cargos e realizando tarefas iguais. O Brasil ainda tem a quinta maior taxa de feminicídio no mundo e também culpabiliza e hostiliza vítimas de abusos, contribuindo para dados ainda mais infelizes de pesquisas globais que apontam que uma a cada quatro mulheres no mundo sofreu violência.
Assim, fica evidente que as dificuldades e reivindicações em ter direitos básicos garantidos ao redor do mundo se mostram urgentes. Por isso, é fundamental que os homens consigam se mostrar aliados à luta, parar para ouvir e contribuir efetivamente com as mulheres nessas mudanças tão necessárias no combate ao machismo estrutural na sociedade.
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