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Valentine’s Day: Tudo que você sempre quis saber sobre essa celebração gringa do amor

Nos Estados Unidos há diversas celebrações que ao longo do tempo foram sendo adotadas e comemoradas de forma semelhante aqui em terras brasileiras. Contudo, há uma data específica que, por causa desse fenômeno, imagina-se que acabou sendo praticamente “duplicada” por aqui, o chamado “dia dos namorados”.

Na terra do Uncle Sam a data chama-se Valentine’s Day (ou St. Valentine’s Day) e apesar de traduzirmos assim, o correto é “Dia de São Valentim”. O caráter também não é o mesmo do nosso famoso 12 de junho, data marcada pela troca de presentes, jantares românticos e programas a dois. 

Nos EUA e em diversos outros países, o Valentine’s Day é comemorado agora em 14 de fevereiro, e é uma data onde se celebra não só a união entre namorados, e sim a afetividade e o amor, para além do romântico. Aposto que você não sabia dessa, hein? Então, prepara o coração e a mão para escrever os bilhetinhos, pois hoje estamos no clima de afeto e o amor está no ar.

Continue lendo e confira tudo que você sempre quis saber sobre o Valentine’s Day!

Como é comemorado o Valentine’s Day tradicionalmente no EUA?

Transformada pelos EUA em um grande marco comercial mundial, o Valentine’s Day, que celebra o amor sob toda as formas,  movimenta diversos aspectos da vida cotidiana dos norte-americanos. Os comércios são completamente cobertos com tons de rosa e vermelho, além de corações, flores e fitas por todos os lados relembrando a chegada da data.

E como bom feriado capitalista o ValeNtine’s Day garante um senhor faturamento aos Estados Unidos durante as celebrações. Dados da National Retail Federation (associação de varejistas dos Estados Unidos) geraram cerca de US$ 20,7 bilhões em 2019, agora imagina só a conversão para o nosso humilde real, com o dólar a R$4,34!

Mesmo com crises, despesas comuns do início de ano e até mesmo uma tendência de diminuição nas comemorações do amor nesta data específica, especialistas estimam cada vez mais lucro para o comércio com o Valentine’s Day. O otimismo vem de dados apontando que, quem decide comemorar a data tem gasto mais com ela, tendo em vista que entre 2009 e 2019, o gasto médio dos consumidores no Valentine’s Day aumentou em US$ 60.

A intenção de escolher algo com carinho pensando na pessoa amada pode levar inclusive à produção de presentes feitos a mão, principalmente pela forte tradição handmade ou DIY (Do It Yourself) nos EUA. Porém, normalmente as pessoas recorrem às tradicionais e populares opções, como chocolates, buquê de rosas, pelúcias, perfumes, etc.

Por ser uma celebração tão especial no país, locais como escolas e universidades também incentivam a comemoração e o afeto entre os alunos por meio da criação de cartões para serem trocados entre os colegas, por exemplo (imagina só receber um cartãozinho daquele crush da turma?). Contudo, a tradição é de que os mais populares da escola acabem recebendo mais cartões e declarações.

Além disso, irmãos, pais, parentes e amigos em geral também costumam se presentear com pequenos mimos demonstrando seus sentimentos. Isso nos leva, inclusive, a um curioso dado: Você sabia que aproximadamente 190 milhões de cartões são enviados no Valentine’s Day todos os anos no país? Inacreditável, não é mesmo? Tudo isso vem dessa belíssima e aberta tradição de celebrar o amor à todos que te rodeiam. 

Mas é claro que esse clima de amor também atinge os casais apaixonados, que comemoram de forma bem “à brasileira”, com muito carinho, recados de amor, rosas vermelhas, jantar a luz de velas e presentes fofos. 

Afinal de contas, como uma data que costumava celebrar a fertilidade, marcando o início oficial da primavera não contemplaria os casais? 

Como assim, você não sabe como surgiu a data mais romântica do ano nos EUA? Então, muita calma! Continue aqui pois vamos resolver isso agora mesmo.

Afinal, como surgiu o Valentine’s Day?

Era uma vez… A história não começa assim mas bem que poderia. Conta-se que em neste mesmo 14 de fevereiro, mas durante o século III, período em que o imperador Cláudio II governava a Roma Antiga, viveu São Valentim (que obviamente ainda não era “Santo” nessa época). 

Valentim, que na época era apenas um bispo, ganhou notoriedade após ter sido encarcerado e condenado à morte, mas tudo isso por ser em defesa do amor, no triste período que já era o final da Idade Média… Isso mesmo, com toda a dose de romance dramático que possa conter. 

Isso ocorreu por que o imperador havia proibido a realização de casamentos, com a intenção de que os jovens solteiros se dedicassem apenas à vida militar. Compadecido ao drama dos jovens casais apaixonados, o bondoso Bispo Valentim teria passado a celebrar casamentos escondido e seu destino teria sido selado após ser descoberto pelo imperador. 

Cláudio II acreditava que os homens eram melhores combatentes quando solteiros (totalmente heartless) enquanto Valentim acreditava no poder do amor. Enquanto ainda estava preso, as pessoas costumavam enviar flores e cartões ao bispo, alegando ainda acreditar no amor e no casamento por causa dele. 

E para nós que achávamos que não poderia ter mais surpresas nessa história, há ainda os rumores de que, durante o cárcere, Valentim apaixonou-se pela filha do carcereiro que era cega, mas milagrosamente, recuperou a visão! O bispo ainda chegou a escrever cartas de amor para a jovem assinando: “de seu Valentim” (from your Valentine), famosa expressão utilizada até hoje nos cartões e também que virou sinônimo de “namorado”, ou algo semelhante, no inglês. 

Com tudo isso, a partir de sua nobre causa, Valentim acabou tornando-se um mártir da Igreja Católica e ganhando o título de “São Valentim” pelo Papa Gelasius, especificamente em 496, quando o sacerdote decidiu adotar 14 de Fevereiro como uma honraria em memória a St. Valentine.

Porém, como alguns dos feriados conhecidos criados na igreja católica a comemoração foi criada como uma resposta a uma tradição antiga pagã que teria se originado em um festival romano de três dias chamado Lupercalia. Conta-se que a Lupercália teria sido uma celebração anual da Roma Antiga à fertilidade, especificamente em homenagem à Juno, deusa do casamento, e Pan, deus da natureza.

Mesmo sendo esta a versão mais conhecida, vale frisar aqui (puramente para fins de “não estamos te iludindo”) que há algumas outras histórias e formas de contar a origem do Valentine’s Day, inclusive variando de acordo com o local de celebração. Porém, vamos nos apegar mais ao amor e afeto pregado pelo bispo e os detalhes históricos… Bom, são apenas detalhes, certo?

Mas afinal, por quê no Brasil celebramos o amor em outra data?

Com uma data e uma história totalmente diferente o dia dos namorados aqui no Brasil foge do Valentine’s Day em alguns aspectos e se aproxima em outros. A celebração brasileira vem de um frei português chamado Fernando de Bulhões. Já ouviu falar? Não? Mas tenho certeza que Santo Antônio já lhe parece mais familiar, certo? São basicamente a mesma figura em momentos diferentes da vida.

Durante suas pregações religiosas, o frei Fernando sempre pregava o amor e acreditava na importância do casamento. Justamente em função desse tipo de crença e pregação, após ser canonizado, ganhou a fama de “santo casamenteiro”. E a partir desta data em 1948, nosso 12 de junho surgiu como dia dos namorados, sendo véspera do dia de Santo Antônio – 13 de junho. Mas por que em 1948? Vamos descobrir…

Assim como nos EUA, aqui também temos a tradição a troca de presentes e cartões, mas muito mais focada em casais e no amor romântico, diferente da celebração gringa. Porém, sentimos muito te contar que, a ideia de estabelecer uma comemoração de “Dia dos Namorados” veio de um sentido muito mais capitalista do que romântico.

A comemoração veio a partir de uma ideia do publicitário João Doria (pai do atual governador de São Paulo), na época dono da agência Standart Propaganda. Ele havia sido contratado pela loja Exposição Clipper com o objetivo de melhorar o resultado das vendas em junho.

Com uma grande inspiração do sucesso que é sempre o Dia das Mães, Doria instituiu outra data comemorativa para trocar presentes no ano: o nosso Dia dos Namorados! Com a história do nosso já conhecido frei Fernando, o publicitário somou o útil ao agradável com uma data próxima do dia de Santo Antônio e de vendas fracas.

Com slogans como “Não se esqueçam: amor com amor se paga” e “Não é só com beijos que se prova o amor!”, surgiu o primeiríssimo Dia dos Namorados brasileiro! E nem precisamos dizer o sucesso que a propaganda teve, não é? Afinal, se os namorados trocam presentes em 12 de junho é por causa de uma campanha publicitária. 

A data começou a “pegar” no Brasil no ano seguinte (1949), quando mais regiões começaram a aderir a ela – posteriormente, a comemoração se tornou nacional. Assim como o Halloween, acabamos adotando um pouco da comemoração do amor e duplicamos nosso dia dos namorados, em razão de alguns segmentos e grupos de pessoas acharem divertido também celebrar no 14 de fevereiro o Valentine’s Day. 

Se você é uma dessas pessoas e já está buscando entrar no clima de amor e coraçõezinhos, confira essa super coleção de fotos das celebrações do Valentine’s Day ao redor do mundo. Aproveita e conta para a gente aqui nos comentários se você também comemora a data com os americanos!

Hey Peppers!

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